Grandes cobradores de falta que mais marcaram na história Parte 1

 

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Tem um dito popular que diz: “Tem pessoas que já nascem com o bumbum para lua”. Outros dizem: “esse cara tem um dom divino”. Então vamos trabalhar essas virtudes no cenário do futebol? 

Existem muitos jogadores no futebol profissional, mas poucos têm o dom da bola e, isso é fato! Eu não sei vocês, mas por minha percepção eu vejo algo que talvez outros não vejam. Tem jogadores que driblam com maestria, os que chamamos de craques, o cara que faz a diferença, um profissional completo. Existem também os que têm dons e talentos específicos e que não são considerados craques, mas têm um dom poderoso de causar inveja.

Detentores dos maiores recordes de número de gols em lances de bola parada. Vamos conhecer grandes cobradores de falta que mais marcaram na história.

 

Marcelinho Carioca – 59 gols

A carreira do brasileiro não foi fácil: passou por 13 clube. Um dos maiores cobradores de falta veio para a Europa como um jogador de futebol maduro . Em 1997, o carioca, na época tinha 26 anos quando desembarcou no Valencia, pelo qual disputou apenas seis partidas em todos os torneios. Marcelnho então retorna para o Brasil

Em casa, o meia-atacante foi valorizado e entrou para a história do futebol como um excelente especialista em cobranças de falta – marcou 59 tentativas na carreira. E junto com os gols de cobranças diretas de escanteio, Marcelinho marcou cerca de 80 gols de bola parada. As futuras estrelas do pentacampeão David Luiz, Willian e outros admiravam tal mestre. “Quando eu era pequeno assistia a todos os jogos do Corinthians. Marcelinho Carioca era um ídolo. Ele sempre foi especialista em cobranças de falta e foi um exemplo para mim”, disse o ex-ala do Anji.

Marcelinho iniciou sua carreira no Madureira e em 1986 partiu para o Flamengo e lá permaneceu por sete anos

O jogador tem na bagagem as formações de técnico em mecânica e  educação física, mas foi em 2017 que o atleta conseguiu o que muitos não conseguiram, ser o primeiro ex-jogador de futebol formado em jornalismo. Hoje, Marcelinho é secretário de esportes de Ubatuba, no litoral paulista.

 

Rogério Ceni – 60 gols

Fico pensando aqui o quão tédio deve ser embaixo daquelas balizas, vendo outros correndo sem parar atrás de uma bola. É uma posição ingrata? Talvez seja, mas acredito que para quem escolheu esta posição, a sensação com certeza é a mesma de uma disputa de bola quase que constante. 

Como eu disse anteriormente: tem pessoas com o dom maior que os outros e o Goleiro Rogério Ceni é um deles. Há 30 ou 40 anos, jamais iriam imaginar um goleiro artilheiro; um mestre nas batidas de falta; um especialista em penalidades máximas. Em relação à penalidade, Rogério era um exímio batedor. O goleiro era frio, calculista e, quase sempre, seus pênaltis eram inalcançáveis e / ou indefensíveis.

 

Quem disse que goleiro não faz gol?

O brasileiro se aposentou em 2015 como o goleiro com mais gols na história do futebol (131 gols), um recorde que nenhum goleiro jamais quebrou e que é com certeza improvável que o faça tão cedo. Ceni marcou quase todos os seus gols em cobranças de falta ou pênaltis. Foi em lances livres que Rogério marcou 60 vezes. O goleiro tinha uma técnica incrível – Ceni era extremamente cuidadoso ao colocar as bolas em pontos de gol inacessíveis aos colegas rivais.

Em uma entrevista, Rogério Ceni disse: “Nem é futebol. É só bater na bola. São duas coisas: “física”, porque é preciso acertar a bola, e psicologia, porque é preciso saber para onde mirar. E você precisa manter a calma. Muitos mais goleiros poderiam fazer isso se, como eu, tivessem coragem”.

Zico – 62 gols
 
Há uma crendice popular que diz o seguinte: se o canto do galo for  antes ou à meia-noite é mau augúrio. Errado! Pelo menos no futebol quando o galo canta é sinal de gol, porque no galinheiro da Dona Matilde, um jovem cabeludo ciscava e corria muito; dizem que era ele o único que conseguia pegar as galinhas para o almoço de domingo. Foi assim que surgiu o maior ídolo do Flamengo de todos os tempos, Zico Galinho de Quintino. 
 
O ex-técnico do CSKA também passou a maior parte da carreira no Brasil, mas acabou se tornando uma verdadeira lenda da seleção nacional – disputou 71 partidas (48 gols) e conquistou a prata na Copa do Mundo de 1978. Zico também se revelou um mestre nas cobranças de falta: ao longo da carreira, marcou mais de 100 gols em lances diretos de bola parada, mas apenas 62 deles em partidas oficiais.
 
Através de treinos intermináveis, o brasileiro alcançou uma precisão de chute fenomenal – ele conseguia acertar o gol de qualquer lugar do campo. Dizem que Zico poderia estraçalhar um mosquito com uma bolada a 35 metros. Zico só precisava dar alguns passos para trás, uma pequena corrida para chutar com cuidado por cima da barreira e mandar a bola para a zona morta do goleiro. Ele era F$$###da, irmão, acertava em cheio, e jogadores de futebol de gerações muito posteriores admiravam seus chutes e muitos ainda admiram. 
 
Ronaldinho – 66 gols
 
O brasileiro é autor de um dos gols mais zombeteiros em lances de bola parada. Nas quartas de final da Copa do Mundo de 2002, de uma posição pouco óbvia para chutar, ele jogou a bola atrás da gola do inglês David Seaman – gol que seria lembrado décadas depois. E nas temporadas de maior sucesso do Barcelona, ​​​​o atleta marcou incríveis seis ou sete gols em cobranças de falta.
 
Nas bolas paradas, Ronaldinho usou excelente técnica e imaginação: chegou a usar chutes por baixo da parede muito antes da tendência moderna. Assim ele marcou até na Liga dos Campeões. O brasileiro também melhorou significativamente as habilidades do jovem Lionel Messi, que relembra as lições do ex companheiro mesmo décadas depois. “Ronaldinho me ensinou muito”, compartilhou Messi após um de seus gols pelo Inter Miami.
 
Pelé – 70 gols
 
Um dos maiores jogadores de futebol da história foi, claro, também um mestre nas bolas paradas. Pelé tinha excelente controle dos dois pés, o que confundia os goleiros. Nas cobranças de falta, ele contava com um poderoso chute em curva que contornava a parede humana de jogadores defensivos e acertava inacreditavelmente onde a coruja ainda dorme rs. Pelé com certeza também entra nesta lista de eximo cobrador direto de bola parada.
 
Juninho Pernambucano – 76 gols
 
O brasileiro detém o recorde de mais gols marcados diretamente em lances de bola parada. No total, o meio-campista colocou a bola na rede após lances livres 77 vezes na carreira. Seu talento na execução fica especialmente visível nas atuações do Pernambucano pelo Lyon: dos 100 gols pelo clube, ele marcou 44 em lances de bola parada.
 
A técnica de cobrança de falta de Juninho foi analisada por vários analistas esportivos, mas no campo de futebol ninguém conseguiu imitar de forma consistente o estilo do brasileiro. O Pernambucano só precisava de uma arrancada curtíssima e três passos para um chute magnífico, que se transformou em contagem regressiva para muitos goleiros. Além disso, a distância até o gol nem era importante para o jogador. Em distâncias curtas ele se concentrava na precisão do golpe, e em longas distâncias, na força.
 
Na curta distância, Juninho criou o ângulo de decolagem mais agudo; na longa distância, correu quase em linha reta para lançar uma knuckleball (chute chapado) imprevisível. Um papel importante também foi desempenhado pela posição da perna de apoio, que o jogador torceu para fora o máximo possível. Bem, o truque característico é uma disputa de olhar fixo entre o goleiro e a bola. Um olhar para a bola, para o gol, de volta para a bola, uma pequena corrida – e a bola está na rede.

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