Os maiores ídolos da história do Botafogo Parte 1

 

Os ídolos do futebol muitas vezes são elevados a um status quase divino, sendo vistos como verdadeiras divindades dentro de campo. Esse fascínio não é apenas fruto do amor pelo esporte, mas também da forma como esses jogadores dominam o jogo, exibindo habilidades que parecem transcender o humano. Em vez de simplesmente correr atrás de uma bola, eles parecem manipulá-la com um toque mágico, desconcertando os adversários e encantando os torcedores.

Tomemos como exemplo jogadores como Garrincha, Nilton Santos e Heleno de Freitas, cujas habilidades com a bola desafiam explicações racionais. No caso de Garrincha, ele não apenas driblava seus oponentes; ele os desmoralizava, deixando-os no chão, como se seu controle da bola fosse quase um dom divino. Seus dribles desconcertantes e sua capacidade de mudar o rumo de um jogo com uma simples jogada são frequentemente descritos como “sobrenaturais”, pois desafiam a lógica do futebol.

Nilton Santos, por sua vez, conhecido como a “Enciclopédia do Futebol”, era muito mais do que um defensor. Sua leitura do jogo e sua habilidade de antecipar movimentos o tornavam uma presença quase onipresente em campo, como se estivesse em todos os lugares ao mesmo tempo. Sua visão estratégica e inteligência tática fizeram dele um dos maiores jogadores de todos os tempos, e ele personificava a ideia de que um grande ídolo não é apenas aquele que executa jogadas brilhantes, mas aquele que entende o futebol como poucos.

Heleno de Freitas, por outro lado, trazia uma intensidade única. Conhecido tanto por seu talento quanto por sua personalidade explosiva, ele transformava cada jogo em uma batalha pessoal, com uma paixão e fúria que o elevavam à categoria de lenda. Para os torcedores do Botafogo, ele era mais que um jogador, era uma força da natureza em campo.

Esses ídolos do futebol não são divindades no sentido espiritual, mas, no mundo dos torcedores, eles desempenham um papel similar. Eles inspiram uma devoção fervorosa, sendo reverenciados por gerações, e suas histórias e conquistas são passadas adiante, como se fossem mitos de heróis antigos. Quando falamos de um Garrincha driblando sem esforço ou de um Nilton Santos defendendo com perfeição, não estamos apenas lembrando de jogadores. Estamos invocando memórias sagradas, momentos que marcaram a história do futebol e que, para os torcedores, são quase milagres esportivos.

Esses “poderes sobrenaturais”, como a facilidade com que driblavam, marcavam gols ou dominavam o campo, faziam com que os torcedores se conectassem de forma intensa com esses jogadores. No estádio ou em frente à TV, o que se via não era apenas um jogo; era um espetáculo protagonizado por deuses do futebol, capazes de transformar o impossível em realidade.

Por isso, no coração dos botafoguenses e de tantos outros apaixonados por futebol, esses ídolos serão sempre mais do que atletas. Eles são figuras que, por meio de seu talento incomparável, alcançaram a imortalidade no campo sagrado que é o futebol.

Por Jackson Santos

 

Garrincha, 

“O Anjo das Pernas Tortas”, foi bicampeão do mundo pela seleção brasileira (1958 e 1962), e o melhor jogador do torneio de 1962, foi um dos jogadores que mais atuou pelo Botafogo com 612 jogos. Garrincha foi o terceiro maior artilheiro do Botafogo com 261 gols, campeão por diversas vezes, o craque vestia a mística camisa 7. Aliás, no mundo do futebol o 7 lembra Garrincha. Assim como o número 13 lembra Zagallo. 

 

Imagem Editora Arte

 

Zagallo

Jogador e técnico do Botafogo com quatro estaduais, dois do já extinto Rio São Paulo e, por último, mas não menos importante, comandou o time campeão brasileiro de 1968. 

Zagallo conseguiu o que muitos querem, mas pouquíssimos conseguem: ser campeão mundial como jogador é técnico. Esse jogador maravilhoso foi simplesmente completo. Ele não somente conseguiu ser campeão jogando e comandando a Seleção Brasileira, como também auxiliando. Isso mesmo; duas como jogador (1958 e 1962), uma como técnico (1970) e outra como assistente técnico (1994). O único tetracampeão de Copas do Mundo.

Zagalo é tão iluminado que pode assistir nas telonas as peripécias do seu companheiro de clube que mais amou o que fazia, jogar e amar literalmente o Botafogo, Heleno de Freitas.

 

Imagem Editora Arte

 

Heleno de Freitas 

Esse mostrou e deu trabalho. Conhecido como o rei das mulheres; conquistava fácil com seu charme; um verdadeiro Don Juan alvinegro, mas nos gramados ele se dedicava ao máximo. Dono de uma habilidade fora da curva, era difícil o adversário marcá-lo sem ter de cometer falta. Jogador marrento de pavio curto. Seu amor pelo botafogo era imensurável e mútuo, mas tinha um preço; Heleno era um jovem craque problemático, dizem que ele foi o primeiro com este tipo de reputação. 

Segundo suas palavras, ele não era jogador de futebol, mas sim jogador do Botafogo. Antes de Garrincha, ele foi o maior ídolo da estrela solitária com 209 gols, se consagrando o quarto maior artilheiro do fogão. Heleno faleceu em 08 de novembro de 1959, aos 39 anos.

E por falar em amor ao botafogo, outro ídolo do qual sou fã de carteirinha, Nilton Santos.  

 

Imagem Editora Arte

 

Nilton Santos

Ele não só exalava sentimentos de amor e carinho pelo clube, como também fazia cara de poucos amigos para quem falasse mal do botafogo. Foi o melhor lateral esquerdo que o mundo do futebol já viu! Inteligente, corajoso, sabia tudo sobre futebol. Não tinha medo de subir para apoiar o ataque. Nilton era um eximo marcador; incansável, absoluto. Nílton Santos foi e será nossa eterna enciclopédia do futebol.

Nilton Santos marcou 721 gols, foi campeão por diversas vezes, inclusive dois mundiais (1958 e 1962). Como jogador único e exclusivo, Nilton só vestiu duas camisas, uma amarela e outra considerada a mais linda do mundo com uma estrela solitária do lado esquerdo peito. “Nasceu, viveu e morreu Botafogo.”


iPhone Barato: conheça algumas opções